Chance à Paz

Neste primeiro de julho, dia em que Assis completa 102 anos, foi levado ao ar o programa Chance à Paz de número 22. Ele foi iniciado com uma das frases de Albert Einstein seguida de nossa agenda e do destaque da semana que ficou por conta do alerta do UNICEF quanto ao perigo que representa para as crianças viverem no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro. Por conta dessa preocupação com as crianças também falamos sobre o Encontro Parlamentar Latino Americano Pela Infância. No quadro Recanto dos Amigos um texto do paranaense Pedro Henrique Sabater. Relatório internacional aponta para o aumento do consumo de drogas no Brasil e para especialistas dizem que apesar dos problemas advindos das drogas ilícitas, o consumo de álcool é o mais preocupante. No Em Paz com a Natureza uma triste constatação: o cerrado continua perdendo espaço para a agricultura. Outra triste constatação é de que ainda é grande o número de crianças que contraem o vírus HIV no momento do parto, apesar de isso ser totalmente evitável. E para descontrair Joãozinho passa a freqüentar a aula de religião (rsrrsrskkkk).

Neste primeiro de julho Assis está completando 102 anos. Parabéns aos assisenses e aqueles que acreditam e contribuem para torná-la uma cidade melhor a cada dia.

Em 02 de julho, é Dia do Bombeiro, a estes profissionais que com seu empenho e abnegação criaram uma das mais respeitadas instituições públicas do país os nossos parabéns e muito obrigado.

Frase de Abertura:

“Quando me perguntaram sobre alguma arma capaz de contra atacar o poder da bomba atômica eu sugeri a melhor de todas: a paz.”



Frase de Albert Einstein.

Agenda:

De amanhã até o dia 04, em Marília, Encontro Água e Floresta – Educação Ambiental para Gestão Participativa. Uma realização da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Serão realizadas palestras, mesas redondas, oficinas e apresentação de trabalhos selecionados. Informações e inscrições no site http://www.ambiente.sp.gov.br/

Estão chegando algumas promoções do projeto Chance à Paz que irão te surpreender tanto no trânsito quanto nas escolas. Aguarde... Além das promoções, está marcado para 11 de agosto o início do primeiro curso numa parceria entre Chance à Paz e UNIPAZ SP Capital, que é Desenvolvimento Humano e Cultura de Paz. As aulas serão ministradas em Cândido Mota e. as vagas limitadas. Os interessados podem ligar no horário comercial para o número (18) 3323-5427, (18) 9773-8322, ou ainda pelo e-mail chanceapaz@bol.com.br

E sabe o que temos que fazer hoje, amanhã e depois, e assim por diante? Acabar com a dengue. Os casos de dengue estão aumentando em toda a região, e a culpa é de cada um de nós que mantemos os recipientes com água limpa em nossas casas, quintais e terrenos baldios. Então não se esqueça: todo dia é dia de acabar com a dengue.

Destaque da Semana:

Unicef diz que para crianças morar no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, é tão perigoso quanto morar no território palestino da Faixa de Gaza.

Um comunicado oficial do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado na sexta-feira, em Nova York, coloca as crianças e adolescentes que vivem no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, no mesmo patamar de vulnerabilidade de crianças que vivem em situação de extrema pobreza em regiões de conflitos armados, como a Faixa de Gaza, o Afeganistão, a República Centro-Africana, o Nepal e o Sri Lanka. De acordo com o oficial para programas de proteção à infância e juventude da Unicef no Rio, Jacques Schwarzstein, a entidade vem condenando publicamente as ações e ataques que interferem no bem-estar e no aprendizado de crianças e adolescentes no mundo todo. No Brasil, uma das situações mais preocupantes é o confronto entre forças policiais e traficantes de drogas no Alemão, que já dura 2 meses e matou mais de 60 pessoas. "A violência urbana ameaça as crianças e impede que elas freqüentem as aulas. Além disso, elas vivem, ouvem e vêem situações de violência cotidiana. Isso os coloca em situações de stress máximo." A estimativa do Unicef é que pelo menos 4.800 crianças são prejudicadas quando as aulas no complexo são suspensas ou transferidas para apenas uma escola - sem contar o risco que correm ao se locomoverem em meio ao tiroteio. "O que parece claro é que operações dessa envergadura precisam ser antecedidas, acompanhadas e complementadas por ações de outras áreas, para identificar onde o Estado precisa trabalhar para minimizar os impactos negativos, principalmente nas crianças", explica Schwarzstein. O ministro da Justiça, Tarso Genro, definiu que a situação do Rio de Janeiro como "uma demonstração dramática da violência que existe em algumas regiões do país". O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, classificou de "inteligente e bem-sucedida". Ele informou que a estratégia de ocupação do morro é resultado de dois meses de planejamento, período em que foram feitas reuniões diárias do serviço de inteligência das polícias Civil, Militar e Federal, além da Força Nacional de Segurança (unidade de elite vinculada ao Ministério da Justiça). E sobre o confronto no Morro do Alemão a Radiobrás entrevistou a ex-ouvidora da Polícia do Rio, Julita Lemgruber. Para ela a operação não significou o fim do sofrimento da população local, especialmente às crianças.

"O que a gente se pergunta é até quando vai durar essa operação e quantos mortos mais nós vamos ter, quantos feridos, quer dizer: se essa ação fosse uma ação em que realmente estivessem feito essa incursão e tivesse ocupado efetivamente a área pra impedir a operação dos traficantes, mas na verdade a gente sabe que não foi isso que aconteceu. As autoridades da área de segurança estão considerando uma ação bem sucedida por que foram apreendidos muitas armas, foi apreendido uma grande quantidade de droga. Agora eu me pergunto se as prisões foram as prisões que eles esperavam? Parece que não. Fica claro que o noticiário do jornal de hoje que o tráfico continua a dominar a área. Fica também a pergunta: quanto tempo mais a gente vai assistir, quantos dias mais a gente vai assistir esse confronto diário com mortes e feridos? Quer dizer esse número aumentando a cada dia. Nós temos conversado com lideranças comunitárias do Alemão e do Complexo da Penha e o que eles relatam de terror dessas crianças, crianças que por motivo qualquer, barulho elas já estão se urinando. As crianças estão apavoradas. Isso já são mais de 50 dias de terror diário. Se essa operação tivesse significado um ponto final nesse, enfim, nesse sofrimento a que essas pessoas estão submetidas a gente até entenderia, mas essa operação não significou um ponto final. E a gente sabe que traficantes que foram mortos hoje são rapidamente substituídos. Com isso a gente não quer dizer que a polícia deva ficar de braços cruzados. O que todos nós estamos nos perguntando nesse momento é se não há, e certamente há, formas de encaminhar essa questão e que não é só do Complexo do Alemão e Complexo da Penha, mas se espalha por várias favelas do Rio de Janeiro, se não há uma forma de encaminhar isso que não cause tanto sofrimento à essas pessoas. Não é possível a gente admitir que não há alternativas."

Também por conta da preocupação com as crianças aconteceu nesta semana o Primeiro Encontro Parlamentar Latino Americano pela Infância. A reportagem é de Mônica Montenegro, da Rádio Câmara.

"O projeto que proíbe castigos físicos em crianças e adolescentes deve voltar a criar polêmica nesta legislatura. A matéria já foi aprovada por três comissões da Câmara e poderia seguir diretamente para o Senado. Mas devido à apresentação de dois recursos, a proposta foi enviada para o plenário, onde aguarda apreciação.A autora da matéria, deputada Maria do Rosário, do PT gaúcho, participou, nesta terça-feira, do primeiro Encontro Parlamentar Latino-Americano pela Infância, onde explicou a proposta. Ela afirmou que, neste momento, os parlamentares favoráveis à idéia buscam apoio da sociedade e avaliam se é possível derrubar os recursos em plenário ou se seria melhor reapresentar o projeto com o envolvimento de novos deputados."É preciso que esta nova legislatura tome essa posição. E o melhor é a gente engrossar a luta dentro da comunidade, fazer essa campanha "Não bata, eduque", mostrando que não queremos punir os pais. Ao contrário, queremos que os pais consigam garantir a seu favor estratégias educativas que não sejam baseadas nos castigos fisicos, na humilhação, porque nenhum pai nenhuma mãe gosta de bater. É que às vezes eles não têm uma alternativa cultural a seu alcance, isso em todos os níveis culturais e sociais"A secretária executiva do Fórum Nacional em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Tiana Santa Sé, avalia que o envolvimento da sociedade com a proposta pouco a pouco tem quebrado barreiras culturais em torno dos castigos a crianças. Mas ela destaca que a existência de uma lei ainda é necessária."Infelizmente é. Eu acho que a gente devia viver em um país onde dizer que não pode bater em criança, e que violência começa em casa, e que a gente quer construir uma sociedade de paz, a gente não devia precisar de lei para isso, mas lamentavelmente existe uma cultura de que um tapinha não dói, que pode dar uma palmada, que pé de galinha não mata pinto, existe tudo isso na cultura da gente, então é importante sim"O primeiro Encontro Parlamentar Latino-Americano pela Infância foi promovido pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara, em parceria com a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. O evento reuniu representantes do Uruguai, Paraguai, Argentina, Brasil e Chile.De Brasília, Mônica Montenegro"

Dou Chance à Paz:

Os Jogos Pan-Americanos vão servir de laboratório para a implantação em grande escala no país de um sistema de núcleos de mediação pacífica de conflitos. Equipes vão atuar em quatro dos principais locais onde acontecerão as disputas: estádios do Maracanã e João Havelange (Engenhão), Autódromo de Jacarepaguá e Riocentro. Eles estarão atentos para solucionar possíveis desentendimentos entre os torcedores durante os Jogos do Pan, antes que seja preciso recorrer à força policial. A mediação de conflitos é uma prática que visa solucionar pequenas desavenças antes que elas se transformem em processos judiciais, que sobrecarregam o sistema e demoram a serem resolvidos. Mas a técnica não se restringe a problemas domésticos, como brigas conjugais ou discussões entre vizinhos ou torcedores. Segundo a consultora do Projeto Segurança Cidadã, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Vera Regina Müller, o conceito pode ser amplamente utilizado para ajudar na solução de crises agudas, como o combate à criminalidade em favelas, a exemplo do que ocorre no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. “Em Bogotá [Colômbia] o sistema de solução de conflitos já é utilizado há 12 anos e ajudou a diminuir em 70% os índices de violência. É importante o policial entender que ele não está em um lado específico da população. Sua missão é resolver situações de crise”, disse Vera Müller. No entanto, ela reconhece que, para os policiais chegarem a ter este entendimento, é preciso uma mudança de cultura, com o ensino das técnicas de mediação desde as academias policiais. A consultora aponta a questão dos policiais, mas é preciso que a população também passe por essa mudança de cultura, e está uma proposta do Chance à Paz, que é levar para a população em geral uma cultura de paz e não violência.

Recanto dos Amigos:

Hoje vamos a mais um dos textos de autoria do paranaense de Wenceslau Brás, Pedro Henrique Sabater, e que nos foi enviado por ele.

Sou teu amigo.

Um dia você vai cansar de chorar,
vai olhar pra mim e dizer:
_Você estava certo...
Felizmente vou concordar e ainda dizer:
_Enquanto você estava aí chorando a vida foi passando e lhe deixando para trás.
A vida é uma navio, solto nas ondas do mar, encontramos lufadas, tempestades, relâmpagos, trovões...
Estamos sujeitos ao naufrágio...
Mas temos de caminhar...
Não podemos parar.
E mais uma vez você vai dizer:
_Você está certo.
_Sei que ainda não tenho experiência o bastante pra lhe dar bons conselhos,
e que, por ser jovem, não dará a mínima importância a eles.
Mais uma vez você vai dizer:
_Você está certo.
_A vida nos ensina em pequenos momentos a estar preparado pra chegada dos grandes...
Nos prepara com pequenas quedas, para sentir-nos capazes de levantar e seguir nossa jornada. Por isso, deixei de adentrar a embarcação, para ficar um pouco mais contigo nessa hora em que precisas de mim meu amigo.
Então você me dirá:
_Obrigado por ser meu amigo.

Você pode acessar os textos de autoria de Pedro Henrique Sabater e de muitos outros no site http://www.recantodasletras.com.br/

Diga Não às Drogas:

E aumenta o consumo de drogas no Brasil. Maconha e haxixe são as mais consumidas. A reportagem é de Kelly Oliveira, da Radiobrás.

"O consumo de drogas aumentou no Brasil segundo relatório mundial de drogas 2007 divulgado nesta terça-feira (26/06) pelo escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes. No caso das drogas mais consumidas no mundo, maconha e haxixe, o uso anual subiu de 1% em 2001 para 2,6% em 2005 entre a população com idade entre 15 a 64 anos. Já o uso de cocaína quase dobrou no mesmo período. Os dados do relatório são da Pesquisa Nacional por Amostr de Domicílio - PNAD. O representante do Escritório das Nações Contra as Drogas e Crimes no Brasil e Cone Sul, Giovane Quaglia, afirmou que a tendência é aumentar ainda mais o consumo de drogas em países em desenvolvimento como o Brasil. Ele acrescentou que os países desensolvidos, como os Estados Unidos, já atingiram níveis elevados de consumo.

- Os países que têm níveis de desenvolvimento maior são também os países que têm um consumo de drogas maior. Com o desenvolvimento econômico e social na América Latina se prevê que o aumento no consumo da droga também aconteça.

Para acabar com o consumo das drogas o representante das Nações Unidas afirma que é preciso aliar políticas sociais, repressão ao tráfico e prevenção.

- A aplicação de plíticas sociais são importantes, sem dúvida. Ao mesmo tempo se tem que fazer também uma repressão eficiente, dirigida a quem trafica drogas, porque a maioria das pessoas que estão nesse negócio do tráfico da droga, que seja grande ou que seja pequeno traficante, não está interessado na Bolsa Família, não está interessado no salário mínimo. São todas pessoas que querem ganhar muito dinheiro e em pouco tempo.

No mundo são 200 milhões de consumidores de todos os tipos de drogas, o que representa quase 5% da população com idade 15 e 64 anos. Maconha e haxixe são usadas por quase 160 milhões de pessoas. As drogas sintéticas como anfetaminas e ecstasy são consumidas por cerca de 25 milhões. O ópio é usado por 15 milhões e a cocaína por 14 milhões de pessoas. O relatório também indica que as apreensões de drogas aumentou no mundo, mas os traficantes estão buscando novas rotas de tráfico internacional, principalmente pela África. No caso da cocaína por exemplo, a droga é enviado do Brasil, Peru e Venezuela para a Europa via África. Segundo informações do relatório, autoridades da Guiné, país africano, estimam que cerca de 60% da cocaína que chega àquele vem do Brasil e 40% diretamente da Colômbia. De Brasíla Kelly Oliveira."

Sobre o mesmo assunto, a Rádio Câmara, em seu programa de entrevista Câmara Aberta, ouviu a Coordenadora do Prodeq da Universidade de Brasília, Maria Fátima Fudbraque. Segundo ela, o consumo das drogas é preocupante do ponto da violência que gira em torno dela, porém, o álcool, considerado lícito e com consumo culturalmente aceito há séculos, é a droga de maior consumo e que mais problemas traz as famílias brasileiras, por ser ele a porta de entrada para todas as demais drogas consideradas lícitas ou ilícitas. No entanto, a maioria das pessoas não enxerga assim, e isso precisa mudar. Explica Maria de Fátima Fudbraque. Ela afirma que a nova lei sobre o consumo do álcool oferece meios para essa mudança. Numa outra entrevista o Dr. Osvaldo Said, psiquiatra, pesquisador e coordenador do programa de extensão de alcoologia do Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, também falou o consumo do álcool.

"A questão é que nós tivemos com relação ao cigarro uma política correta que foi avisar o consumidor de todos os riscos e limitar o uso do cigarro em determinadas áreas. Então foi está questão que reduziu o número de fumantes e obviamente as complicações decorrentes do cigarro. Nós não tivemos a mesma política em relação a bebida alcoólica. A propaganda é livre, nós temos propaganda de cerveja em qualquer momento na televisão, por exemplo, e evidentemente que isso levou ao consumo elevado. Nesse sentido eu acredito que é muito bem-vinda a posição do ministro da Saúde, Dr. Temporão, quando se coloca francamente favorável ao controle da propaganda da bebida alcoólica. Sem dúvida a propaganda livre, como nós temos, especialmente a da cerveja, como se bebida cerveja não contivesse álcool, nós estamos dando uma mensagem muito liberal para as pessoas, e as pessoas captam a mensagem. Uma mensagem de alegria, uma mensagem só de felicidade, e se esquecem, e não sabem mesmo, dos problemas e dos malefícios do abuso do álcool. Uma curiosidade inclusive, é que nós dizemos pra pessoas beber e não dirigir, e ao mesmo tempo vendemos bebidas alcoólicas em postos de gasolina. Quer dizer, se vendemos bebidas alcoólicas em postos de gasolina não podemos esperar que as pessoas não bebam ao dirigir, e os acidentes de trânsito, por exemplo, estão muito envolvidos com o uso do álcool e isso é um problema importante no dia-a-dia das grandes cidades. Outro fato também muito pouco divulgado é que o uso da bebida alcoólica durante a gravidez leva ao aparecimento de síndrome alcoólica fetal, problemas de retardo nas crianças, problemas deTDH nas crianças que nascem de uma mãe que usa bebida alcoólica, e usa bebida alcoólica normalmente sem nenhuma noção do que tá fazendo, continua tomando seu choppinho grávida achando que não tem problema. E logicamente esse abiente extremanente permissivo na bebida alcoólica, sem nenhuma que noção de que a bebida tem problemas, leva naturalmente ao aumento do consumo. Pra se ter uma idéia o aumento do consumo no Brasil é tão grande que nós já estamos chegando, infelizmente, à níveis semelhantes aos Estados Unidos. Os Estados Unidos têm 14% com problema de álcool. O Brasil já chega a 12% da população com problemas de álcool. Isso é realmente preocupante."

Em Paz Com a Natureza:

O Cerrado, que tem menos 17% de sua área original no país, ainda perde espaço para a agricultura colocando o eco-sistema em risco. A reportagem é de Carla Alessandra da Rádio Câmara.

"O cerrado, com aproximadamente dois milhões de quilômetros quadrados de área original, apresenta a maior diversidade biológica entre as savanas mundiais e vem sofrento nas últimas décadas itenso processo de transformação da cobertura vegetal.O cerrado está sendo desmatado numa média de um 1,5% ao ano para ceder espaço para a produção agropecuária.O autor do pedido para a realização da audiência pública realizada nesta quinta-feira pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, explica a importância dessa discussão.

" O objetivo dessa audiência pública é discutir o que vem acontecendo com o cerrado e aproveitar para lançar uma rede de pesquisa sobre o cerrado. Essa rede é uma integração entre os diversos ministérios ministério de ciência e tecnologia, ministério do meio ambiente, universidades federais, universidades estaduais, centros de pesquisa como a Embrapa e tem como objetivo aprofundar os conhecimentos sobre o bioma cerrado pra que possa utilizá-lo de forma inteligente produtiva e sustentável."

A pesquisadora da Embrapa, Ludmila Aguiar, afirmou que, apesar de sua importância, o cerrado é o ecossistema brasileiro menos conhecido. Segundo estimativas, existem no cerrado 11 mil espécies de plantas, muitas delas exclusivas do bioma. Ela informou que o grande desafio da Embrapa nos últimos 30 anos é garantir um aumento da produção agrícola sem aumentar a área desmatada. Outro ponto citado pela pesquisadora é a necessidade da conscientização dos produtores da importância de se manter áreas de cerrado em suas propriedades. A professora da Universidade de Brasília, Mercedes Bustamante, lembrou que outra questão importante envolve as áreas nativas remanescentes, que abrigam populações com baixo índice de desenvolvimento humano. A professora defende a adoção de mecanismos de valorização do cerrado ainda virgem.

"É possível utilizar como foi dito aqui os produtos da biodiversidade, é possível criar um sistema de pagamentos de serviços ambientais porque? Porque essas áras nativas remanescentes de vegetação são as que nos garantem a água que abastece as nossas cidades, são as que garantem a nossa qualidade do ar, são as áreas que garantem a regulação climática ao longo do bioma. Então porque não valorar ou colocar um valor pra esses serviços ambientais que essas áreas nativas prestam e que esses recursos sejam utilizados para o desenvolvimento dessas populações locais."

Atualmente restam menos de dezessete por cento da área nativa do cerrado e somente seis por cento se encontram em áreas de preservação ambiental. De Brasília, Karla Alessandra."

Saúde:

Apesar dos recursos e medicamentos disponíveis para se evitar que a criança filha de mãe portadora do vírus HIV seja contaminada ao nascer, ainda é grande o número de crianças contaminadas pelo vírus no parto. A reportagem é da Radiobrás.

"Um pesquisa do Ministério da Saúde constata que cerca de 19% das grávidas no Brasil não fazem exame HIV no parto e também no pré-natal. Eu converso agora com o Coordenador do Centro de Educação Sexual e representante da região sudeste junto a Comissão para AIDS do Ministério da Saúde, Roberto Pereira.

- Quanto mais precoce for a identificação através do batalhão de exames que nós temos disponíveis hoje, maiores são as chances dessa criança nascer saudável. Então, hoje, uma criança que nasce filha de uma mãe reconhecida soro-positiva, ela tem 100% de garantia de ter uma vida normal, de não nascer contaminada pelo vírus HIV, ou melhor, ela nasce ainda com anticorpos do vírus. A partir do momento do nascimento ela passa um período tomando uma medicação pediátrica e tem 100% de garantia de eliminar a presença do vírus do organismo dela. Isso seria maravilhoso se nós tivessemos efetivamente todo um processo do pré-natal oferecido, e oferecido em boas condições para as grávidas do Brasil, o que infelizmente não acontece. Então quando a gente fala em questão do HIV, se fala de sífilis também. A sífilis pela transmissão vertical, ou seja da mulher para o bebê, tem índices alarmantes no mundo todo, mas no Brasil índices muito elevados, e é difícil quando a gente fala em números por a subnotificação, ou seja, os casos que não são efetivamente registrados, e o número de mulheres que não chegam se quer a fazer o exame pré-natal é gigantesco. O que se sabe é que nós temos uma alta taxa de mortalidade de bebês e de abortos expotâneos frutos de contaminação pela sífilis e crianças que nascem com o vírus HIV, nascem contaminadas quando elas teriam todas as chances de ter uma vida saudável."

Rir é um bom remédio:

O Joãozinho passa a freqüentar a aula de religião.

Na aula de religião a professora disse aos alunos:
- Quem aqui quer ir pro céu levanta a mão.Todo o mundo levantou a mão menos o Joãozinho.
E a professora perguntou:
-Você não quer ir pro céu, Joãozinho?
E Joãozinho respondeu:
-Sá o que é fessora, a gente tem que ser obediente não é? Então a minha mãe falou que depois da aula eu tenho que ir pra casa.

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Mùsicas executadas no programa:

Canção da Paz - Banda Nego Joe: http://nego-joe.letras.terra.com.br/letras/472188/
Amigos para Siempre - Los Manolos: http://www.youtube.com/watch?v=u_DavDmkpBM
Diga Não às Drogas - Alexandre Pires: http://alexandre-pires.letras.terra.com.br/letras/113703/
Canto Cerrado - Jairo Mozart: http://www.musicexpress.com.br/Artista.asp?Artista=145#musica=Canto%20Cerrado

Blog "Chance à Paz"
Criação, produção, redação e responsabilidade:Silvio Luis
Assis/SP
e-mail: chanceapaz@bol.com.br
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