Chance à Paz

Chance à Paz na Escola começa suas atividades em Cândido Mota pela Escola Olga Breve. Mesmo em noite fria, alunos e professores assistiram ao filme FormiguinhaZ.

Era para ter começado pela escola Helena Pupim na terça-feira, no entanto, devido ao mau tempo, o projeto Chance à Paz na Escola iniciou suas atividades pela Escola Olga Breve, na quarta-feira (23/05) à noite. O projeto visa resgatar valores cívicos e morais por meio da exibição de filmes com temática de cultura de paz e não violência e a realização de trabalhos e pesquisas pelos alunos. Inicialmente estava prevista a exibição do filme Colcha de Retalhos, no entanto, como não conseguimos uma cópia dublada do filme, e atendendo a solicitação dos professores para que não fosse exibido filme legendado, julgamos por bem exibir outro filme. E assim aconteceu. Foi exibido o filme “FormiguinhaZ”. Os mais de 150 alunos que bravamente enfrentaram o frio na quadra de esportes da escola assistiram ao filme com muita atenção. Enquanto os alunos assistiam ao filme, na cozinha da escola as funcionárias Cilene Lopes e Estér Loir e as professoras Elaine e Fabiane, e também a funcionária e aluna Fátima Rafael, que está sempre disposta a ajudar segundo dizem suas companheiras de trabalho, enfrentaram o fogão preparando pipoca que foi distribuída aos alunos e professores. A pipoca foi um oferecimento da Copa Alimentos. Ao término do filme eu ouvi três alunos e um professor da Escola Olga Breve.
"- Qual é seu nome?
- Aparecida Fernandes da Silva
- Que série você está Aparecida?
- Segundo colégio.
- E como foi enfrentar esta noite de frio, e uma noite diferente na escola com a apresentação do filme FormiguinhaZ?
- Ah.. valeu a pena, né? Não só por ser um filme infantil mas também porque a gente aprende bastante, né? Conviver, fazer a união com os amigos, colegas. E a escola é isso, né? União, né? É um exemplo. Aqui somos também todos formiguinhas na escola.
- E você agora vai ter que desenvolver um trabalho. Você já tem mais ou menos idéia do que você pretende fazer, ou ainda não?
- Ah já né? Mais ou menos. Temos em mente, porque no ano passado já desenvolvemos um projeto desse aqui, né?
e eu junto com amigos desenvolvemos um teatro, e esse ano a gente pretende fazer bonito de novo. Agora é o Projeto Chance à Paz, e vamos ver, vai sair tudo bonito de novo.
- E você mora na Água da Faxina. Como é a comunidade lá onde você mora?
- Lá é um sítio... a comunidade mais próxima é Nova Alexandria. A gente se dá bem com todos lá. Lá no sítio mesmo só mora a gente e o patrão também. Boa convivência.
- Obrigado Cida!
- De nada. Obrigada você.
- Agora nós vamos conversar com Cleonice Regelina. A Cleonice também é do segundo colegial. Que bairro você mora Cleonice.
- São Judas.
- Como que é a vida lá no seu bairro, São Judas? Todo mundo fala que a Vila São Judas é um dos pontos mais carente de Cândido Mota, como é que você se coloca lá dentro?
- Lá tem sim uma população muito carente mas, todo mundo vive bem, sempre tem a secretaria ajuda, a prefeitura ajuda, e vai todo mundo levando em frente.
- E dessa noite aqui, noite de quarta-feira. Uma noite de começou a esfriar. Como é que foi enfrentar essa diferença do tempo e também a diferença da aula, que você teve uma aula diferente hoje que foi fora da classe?
- É bom. É sempre uma oportunidade a mais... porque ficar só na sala de aula, é uma maneira de aprender, mas também tendo outras oportunidades também é uma forma de aprender. A gente aprende se a comunicar melhor com os amigos, conhece pessoas que as vezes a gente numa sala de aula não tem muito diálogo com pessoas de outras salas. E aí a gente aprende a se comunicar melhor um com o outro. Conhecer melhor as pessoas.
- Então isso é uma avaliação positiva pelo que você está dizendo. Você gostaria que isso acontecesse mais vezes aqui na escola?
- Com certeza. É bom e teria que acontecer mais vezes. Porque a partir daí a gente começa um trabalho escolar, já ajuda muito, já é outra opção que a gente tem.
- Obrigado Cleonice!
- Por nada. Obrigada você.
- Vamos agora ouvir a opnião de outro aluno, ele é da oitava série aqui do Olga Breve, é o Arenildo Brás Paião.
Arenildo em que bairro você mora em Cândido Mota?
- Moro no Jardim São Geraldo...
- E diante do que você viu no filme hoje e colocando você dento do seu bairro, como é que é conviver e viver no seu bairro?
- Meu bairro é um bairro tranqüilo, embora hoje tá difícil ter bairro tranqüilo né? Sempre tem algum roubo... sempre as pessoas têm essa preocupação com a violência, que essas coisas ocorrem em todos os bairros, a maioria dos bairros de todos os lugares. Hoje tá difícil a gente ter segurança. Ter esses amparos da parte de segurança pra nossa família, mas, é um bairro tranqüilo, um bairro comum como os outros.
- Aqui a Escola Olga Breve já desenvolveu no ano passado um projeto semelhante. Como que você avalia essa preocupação da escola em estar levando a cultura de paz para os alunos?
- Eu avalio que é uma excelente alternativa que a escola toma, porque é onde se concentra várias pessoas, com várias cabeças, vários pensamentos. Cada pessoa tem um pensamento diferente, e é uma união de tanta gente, todos juntos... cada pessoa mora num bairro diferente... e aí é onde pode estar levando uma mensagem para a família, para os filhos e para todas as pessoas que convivem no dia-a-dia com eles.
- Agora com relação a forma diferente de aula. Vocês saíram da sala de aula, enfrentaram o frio nessa quarta-feira é um forma diferente, você acha que isso tem algum valor pra vocês?
- Com certeza. É prazeroso. É uma coisa que a gente faz com prazer, porque todo ano a gente faz um trabalho participativo, de comunidade, de bastante gente tudo unido junto, pra que nós tenhamos um pouco de mensagem de amor, de compreensão, de fraternidade, de religião, de sentimento, pra que nós possamos nos sentir mais animado, mais disposto, a estudar, a freqüentar a escola, todas essas coisas. É muito bom.
- Muito obrigado Arenildo.
- De nada. O prazer foi meu. Tchau.
- Tchau. Nós ouvimos a opinião de 3 dos alunos da Olga Breve, que são mais de 250 no total, agora nós ouvir a opinião de um professor. É do Paulo César Moreira, ele professor de matemática, e eu vou fazer um paradigma aqui; Matemática, Ciências Exatas, aí derepente você vai falar de paz, que é uma coisa mais voltada para a área de Humanas, o matemático também tem essa preocupação, Paulo?
- Ah sim. Creio que sim, porque hoje nós abordamos um tema importantíssimo na educação que é a área interdisciplinar, que envolve todas as disciplinas e nós procuramos também, como professor de matemática, estar relacionando às outras áreas e tudo aquilo que é de projeto para o bem dos nossos alunos e também para a própria escola. Acredito que hoje é... nos dias de hoje um tema muito importante quando se fala de paz dentro da escola, entre os próprios professores, na comunidade, no estado, que seja no próprio país, para que haja aí uma boa ação primeiro é preciso ter paz consigo mesmo. Acho que é um tema hoje abordado que está resgatando alguma coisa adormecida nas pessoas.
- Bom Paulo, então você julga como um trabalho de importância esse que está sendo realizado.. começando a ser realizado agora, no caso da Escola Olga Breve por sinal já desenvolvido alguma coisa no ano passado, então a gente pode dizer que é uma continuação daquilo que foi iniciado no ano passado?
- Sim. E tem trazido grandes resultados, porque nós temos visto e observado entre os nosso próprios alunos quando se fala de paz todos participam. Embora que muitos têm esquecido devido as informações, a mídia ou a própria convivência, a estrutura dentro da casa, essa relação não tenha acontecido. Mas, quando traz isso para a própria escola e os professores, o corpo docente junto com a direção, todos juntos, nós trabalhando, como já tem trabalhado com esse tema nós temos visto resultados e tem aparecido. Na verdade aí nós acreditado: Nós plantamos aquilo que colhemos. Se nós plantarmos a paz, por certo vamos colher a paz.
- Bom Paulo, dois e dois são quatro e somando mais ainda todo mundo chega na paz.
- Ah sim. Acredito que sim. A paz é fundamental e.. aproveitando também, agradecendo a sua pessoa que esteve junto conosco na escola que na verdade com poucas palavras, mas com palavras sábias tem transmitido também a paz para nós.
- Tá ok. Estamos aqui pra multiplicar professor. Obrigado.
- Também deixo meu agradecimento. Muito obrigado."
Agora, sob a supervisão de seus professores, os alunos irão redigir textos e/ou confeccionar cartazes e os trabalhos serão expostos durante a Feira do Livro que acontecerá em Cândido Mota de 12 a 15 de junho. Na próxima terça-feira, caso o tempo colabore, será a vez da Escola Helena Pupim. O Projeto Chance à Paz na Escola é uma parceria entre o Chance à Paz, Secretaria Municipal da Educação de Cândido Mota e Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Cândido Mota com o apoio da Rádio A Voz do Vale FM, CMOTAnet, Escolinha de Futebol ADCM, Camiseta e Cia. e Copa Alimentos.

Veja abaixo as fotos do evento na Escola Olga Breve, que aconteceu no dia 23 de maio de 2007, marcando o início do Projeto Chance à Paz na Escola.
As fotos são de Jovelino Donizete e Silvio Luís (clique sobre a foto para ampliá-la)