segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Somos capazes de reciclar nosso lixo mas não somos capazes de reciclar nossos menores delinqüentes. Dia 25 de fevereiro (dia em que acabou o horário de verão que havia sido adotado em parte do Brasil) pouco depois do meio-dia foi ao ar o quarto programa “Chance à Paz”, pela Rádio A Voz do Vale FM, 103,3 MHz , de Cândido Mota –SP. Dois temas do programa anterior foram retomados: a discussão sobre a maioridade penal e a Amazônia. No quadro Recanto dos Amigos um texto de Luiz Fernando Veríssimo que deixa claro que somos os únicos responsáveis por mudanças em nossas vidas. O Rotary Club International foi destaque no “Dou Chance à Paz” e o humor ficou por conta da pescaria do Joãozinho e o pai dele.

A abertura:

A frase inicial do programa foi de Martin Luther King que disse:

A nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos.”

Destaque da Semana:
Com o título "A Nova Guerra: menores delinqüentes contra a sociedade e vice-versa" foi relatado um pouco do que ocorreu durante o debate promovido pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, na quinta-feira (22/02) sobre a maioridade penal.
O envolvimento de um menor na morte do menino João Hélio, arrastado por 7 quilômetros preso ao cinto de
segurança, ocorrida após um assalto no Rio de Janeiro detonou uma nova guerra: meninos delinquentes de um lado e a sociedade do outro. E por conta desse epsódio a discussão sobre a redução da maioridade penal ganhou espaço das rodas de bate-papo aos gabinetes de Brasília. Na última quinta-feira, dia 22, a Comissão dos Direitos Humanos do Senado reuniu alguns senadores e representantes da sociedade civil e do governo para debater o assunto. Todos os participantes se mostraram contra a redução da maioridade penal, pelo menos neste momento de grande comoção social. ( acessar podcast “Chance à Paz” – link ao lado – ou o Site da Rádio Senado ).
Entre os convidados para o debate estava o repórter Vinicius Dônola, da Rede Globo. Ele fez uma matéria para o Fantástico que foi ao ar no domingo seguinte ao do dia do crime. Na matéria o reporter disse que preferiu levar os expectadores a uma reflexão sobre a sociedade que estamos vivendo tendo como base conceitos da filosofia e da sociologia. Pra ele a sociedade precisa rever seus valores éticos e morais.

Disse Vinicius Dônola: "A gente parou pra refletir. Parou pra refletir que sociedade é essa que a gente está construindo, a partir de conceitos filosóficos e sociológicos. Então a gente se reportou ao passado. Cinco séculos antes do nascimento de Cristo, o ser humano começou a aprender a viver em cidades. Nós vivendo em cidades como vivemos hoje, isso lá atrás tinhamos benefícios do que viver isoladamente. Porém para que usufruíssemos esses benefícios sugeridos pela cidade nós tinhamos que estabelecer algumas regras de bom convívio. Nós tinhamos que estabelecer parâmetros, ou seja, normas do que é certo e do que que é errado para que a nossa cidade, e nossa sociedade como é entendida hoje, funcionasse bem. E esse bom funcionamento se deu ao longo de séculos. Até um momento, que parte da sociedade (isso a gente tenta traçar na reportagem) se viu privada dos benefícios que alguns tinham nessa cidade. E ali se deu aquilo se deu aquilo o que o Russel dizia o contrato social, houve o rompimento de um contrato social. As regras que foram pactuadas, que foram acordadas entre as várias pessoas que viviam nessa sociedade começaram a não ser cumpridas. Aí a gente entra num outro conceito: o conceito de desigualdade. Um italiano, chamado Gini, criou uma metodologia para se medir desigualdade no mundo. E segundo a curva, o índice de Gini, os dois países mais desiguais do mundo são África do Sul e Brasil. E essa desigualdade gerou indiferença. Indiferença em duas mãos, em dois sentidos: da classe dominante pros excluídos e dos excluídos pros dominantes. E essa indefirença talvez seja a grande causa de tudo o que a gente está vivendo. E talvez ela explique um pouco a maneira como os fatos se dão de forma cada vez mais cruel. Porque também é cruel o nosso olhar pro excluído. E o excluído a gente não esperado que nos enxergue, que ele nos ouça, e que ele nos respeite de outra forma. Então foi essa discussão que nós tentamos levar ao ar no Fantástico, de uma maneira serena sem o questionamento do aumento de penas ou diminuição da idade penal. A gente tentou parar pra refletir. Que sociedade é essa que a gente está construindo? Que mundo é esse? Que a gente está estabelecendo pra gente, principalmente aqui no Brasil. Um sociedade caminha como um bêbado descendo a ladeira... Senador o que é que certo? O que é errado? Eu acho que o grande questionamento hoje é ético. O questiomento é moral. É um questionamento muito mais do que policial. Que sociedade é essa que a gente tá construindo? Que mundo é esse? E como a gente parando pra pensar possa mexer um pouco nesse mecânismo? Talvez seja uma discussão muito mais profunda. É a de reformular uma coisa chamada moral. É pensar como a gente está agindo nos nossos comportamentos rotineiros de forma a evitar ou contribuir pra que isso aconteça mais uma vez."

( Para conhecer o coeficiente de Gini citado por Dônola acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coeficiente_de_Gini ) ( Para ouvir o trecho da fala do repórter Vinícius Dônola acesse o podcast “Chance à Paz” programa 28 – link ao lado - ou o site da Rádio Senado ) ( Foto Vinicis Dônola - Agência Senado )

Nosso Comentário:
Creio que se pode concluir que o que estamos assistindo nisso tudo é uma guerra contra os meninos delinquentes. Não por achar que eles não devam ser penalizados, muito pelo contrário. Eles devem ser punidos, e com rigor como qualquer outro criminoso deveria ou deve ser, mas ao mesmo tempo devem passar por uma reabilitação para que eles, que ainda estão no início de suas vidas, possam voltar a ser dignos da convivência em sociedade. Na questão penal, as autoridades deveriam se espelhar noutro caso que envolve maiores e menores de idade, a pedofilia. Assim, se a pedofilia é um crime, desviar o menor para o crime e as drogas também deveria ser crime, e o maior que utilizar o menor no cometimento de crime ou drogadição deve ser exemplarmente punido. Ou seja, é preciso combater e penalizar os aliciadores de menores para o crime e as drogas da mesma forma que os que aliciam menores para a prática do sexo.
No entanto, para a sociedade, no alto de sua hipocrisia, assumir que perdeu a moral e a dignidade é muito
mais doído do que ver menores criminosos jogados nas celas dos presídios ou “febens” da vida. Fazendo um comparação grotesca, porém realista, os menores infratores seriam como o lixo e os presídios ou reformatórios seriam como os aterros sanitários ou lixões da sociedade. Talvez, quem sabe se comparados ao lixo encontraremos a solução. Afinal já que aprendemos a reciclar o alumínio, o plástico, o papel e outros materiais, pode ser que aprendamos a reciclar os nossos menores delinquentes.
Na sequência foi executada a música de Roberto Carlos “A Guerra dos Meninos”, retratando a idealização de um cenário totalmente ao contrário do que vivemos hoje.



Recanto dos Amigos:
Falecimento

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram naportaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você estáconvidado para o velório na quadra de esportes". No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois dealgum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando suavida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra deesportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças paraorganizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso?
- Ainda bem que esse infeliz morreu!
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhadotanto a cada um deles.
A pergunta ecoava na mente de todos:

"Quem está nesse caixão"?
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo...Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo."Sua vida não muda quando seu chefe muda, quando sua empresa muda, quando seus pais mudam, quando seu(sua) namorado(a) muda. Sua vida muda... quando você muda! você é o único responsável por ela."
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seuspróprios pensamentos. A maneira como você encara a vida é que faz todadiferença. A vida muda, quando "você muda"!!!


Texto de autoria de Luiz Fernando Veríssimo - enviado por Eliane Motta, de São Paulo.

Dou Chance à Paz
O Rotary International está complentando 84 anos de atividade no Brasil.
O Rotary Club nasceu em 1905 nos Estados Unidos, idelaizado pelo advogado Paul Harris. Em 1911 o Clube tornou-se internacional ao ultrapassar as fronteiras norte-americanas, com a fundação de um clube em Winipeg, no Canadá. Na América Latina, Cuba foi o primeiro a país a contar com o clube de serviços, em 1915. No Brasil o Rotary Internacional chegou em 28 de fevereiro de 1923, no Rio de Janeiro. O empreendimento mais ambicioso do Rotary é o programa Polioplus – uma abrangente campanha cujo objetivo é a erradicação da paralisia infantil em todo o Planeta. Conduzida com a cooperação de governos nacionais e agências não-governamentais como a Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Pólio é um paradigma de cooperação dos setores públicos e privado na luta contra uma doença.
Até 1987 o Rotary era uma espécie de “Clube do Bolinha”, somente homens podiam ser membros do clube de serviços. A partir daquele ano as mulheres passaram a ser admitidas no clube e apesar do pouco tempo quase duas mil já presidem clubes pelo mundo afora.
Cada ano rotario é marcado por um lema. O que está terminando, é Mostremos o Caminho, e o lema 2007/2008 é: Rotary Compartilha. Mais informações sobre o Rotary Club acesse os sites
www.rotary.org.br e a página na internet do Rotary de Ribeirão Preto as foram fontes para esta matéria.

Em Paz com a Natureza
Abordamos novamente a Amazônia.
A Amazônia desperta cada vez mais interesse do mundo e é o preciso que , nós saibamos dar o devido valor a
última das florestas tropicais do planeta. Para o ambientalista Márcio Santilli, filho do ex-prefeito de Assis José Santilli Sobrinho, a expansão da fronteira agrícola e o destamento ilegal são a grande ameaça a Amazônia.
Disse Márcio Santilli para a Radiobrás:
“O que nós temos hoje, é um imenso passivo acumulado em função de um processo de ocupação do território que não tem considerado as questões de natureza sócio-ambiental, tanto as relativas as florestas tanto aquelas relativas as populações tradicionais e aos povos indiginas, em particular. Nós temos visto que essa expansão da fronteira agrícola não tem sido devidamente ordenada. O desmatamento ilegal continua muito vivo, muito aceso. E, nós estamos entrando numa era em que a própria ameaça das mudanças climáticas tem demonstrado à todos que a sustentabilidade, a questão ambiental, a questão das áreas protegidas é absolutamente fundamental para a sobrevivência de toda a humanidade. Então, eu acho que estamos vivendo um momento muito importante de tomada de consciência por parte da população de que é necessário passarmos a ter uma estratégia mais coerente de ocupação do território e de expansão da fronteira agrícola, sem que isso nos traga os passivos já acumulados no passado.” ( confira o áudio no podcast “Chance à Paz” – link ao lado ou no site da Radiobrás )

Ainda sobre a Amazônia, parte da vida na floresta amazônica está sendo retratada em Amazônia, produzida e
exibida pela Rede Globo de Televisão. A mini-série está contando a história do Estado do Acre, retrantando dois períodos distintos dessa área da Amazônia Brasileira, que vai de Galvez a Chico Mendes. Chico Mendes foi sindicalista, representava os seringueiros de Xapuri, no Acre, e um defensor do uso sustentável da floresta. E justamente por ser contra a destruição da floresta que está sendo substituida por pastos para a criação de gado, Chico Mendes foi assassinado em 22 de dezembro de 1988. O caso ganhou repercussão internacional. Em
1990 os fazendeiros Darly e Darcy Alves da Silva (pai e filho) foram considerados culpados do assassinato e condenados a 19 anos de reclusão. Em 1993 eles escaparam da prisão e foram novamente capturados em 1996.
Para saber mais sobre Chico Mendes acesse os sites
www.chicomendes.org e www.wikipedia.org que serviram de fontes pra esta parte da matéria.

Rir é um bom remédio
(Será que só o pai do Joãozinho é assim?)

Joãozinho vai fazer uma pescaria com o pai.

- pai, como é que o peixe respira debaixo d’água?
- não sei meu filho!
poucos minutos depois:

- pai, porquê os barcos não afundam?
- não sei meu filho!
Logo em seguida:
- pai porquê o céu é azul?
- não sei meu filho!
E então o jãozinho disse ao pai:
- pai você não se incomoda de eu estar fazendo estas perguntas ao senhor, não, né?
- claro que não meu filho, se você não me perguntar as coisas, nunca vai aprender nada........

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Músicas executadas no programa:
Roberto Carlos – A Guerra dos Meninos
( http://vagalume.uol.com.br/roberto-carlos/a-guerra-dos-meninos.html )
K-Sis – Reflexões no Espelho
(http://vagalume.uol.com.br/k-sis/reflexoes-no-espelho.html )
Parabéns Rotariano e Música do Centenário
( http://paginas.terra.com.br/lazer/ribersa/Site_Rotary/Downloads.htm )
Zezé & Simões - Chico Mendes (
http://www.musicexpress.com.br/artista.asp?artista=142 ) Rolar a página até encontrar Trilha das Águas II – Chico 10 Anos

Blog “Chance à Paz”
Criação, produção, redação e responsabilidade Sílvio Luís
e-mail
chanceapaz@bol.com.br

VIVA A PAZ! VIVA EM PAZ!

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