Frase do especialista em educação a distância José Manuel Moran.
Pesquisa Datafolha constata que maioria dos paulistanos tem medo da violência.
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E o que é ter medo da violência? Acredito que o medo da violência nada mais é do que temer o próximo, afinal, é o nosso semelhante que pode nos atacar, e nunca sabemos nem quem, nem onde, nem quando e nem por quê. Isto porque a primeira vista o agressor não vem com identificador. Ele é uma pessoa comum, que circula entre nós e só é identificado quando age contra alguém.
Nossa economia avançou e avança com o tempo, oferecendo novas oportunidades de ganho financeiro e trazendo opções de trabalho, abrindo novos mercados e nichos de consumo. E nós enquanto pessoas, será que evoluímos? Creio que não. Continuamos no mínimo como o homem da caverna, que tinha receio de sair dela e ser atacado por um bicho. Ah... nesse sentido nós evoluímos, sim. Não moramos mais em cavernas, temos casas, apartamentos, mansões, palácios, ranchos, barracos, pontes e marquises que nos servem de abrigo.
Pois é, deixamos as cavernas e o bicho que tememos hoje é o “bicho homem”.
Aliás atos violentos são comuns na natureza como um todo, principalmente quando se trata da questão da sobrevivência das espécies obedecendo a chamada cadeia alimentar. No entanto nenhuma espécie se auto-ataca ou se auto-destrói como a espécie humana.
Podemos considerar que evoluímos quando entre nós há aqueles que atiram crianças pela janela? Que jogam seus filhos em lagos e represas? Que arrastam seus semelhantes pelas ruas presos do lado de fora de um veículo? Que matam para satisfazer seus instintos de predominância sobre o próximo? Que atraem crianças e mulheres para o submundo da exploração sexual ou da exploração da mão-de-obra? Que oferecem drogas?
Uma notícia sobre a violência que praticamente não foi discutida foi veiculada no dia 26 de abril no Jornal O Dia, do Rio de Janeiro.
Durante anuncio da liberação de verba da Secretaria Nacional de Segurança Pública para o Rio, o secretário da pasta, Ricardo Brisolla Balestreri, afirmou que a elite é o verdadeiro ninho da violência. Indagado sobre como o Rio de Janeiro chegou a uma situação de violência como está hoje, ele respondeu que: “O Estado brasileiro ao longo dos anos não se fez presente entre os mais pobres. Quando você tem um vácuo do poder público, naturalmente quem vai ocupar esse vácuo são grupos delinqüentes organizados, que não são a mesma coisa que o crime organizado. Não é o crime organizado que domina favelas e presídios, são organizações que prestam serviço ao crime organizado.”
Diante de tal declaração o entrevistador do O Dia perguntou qual é a diferença entre organizações que prestam serviços e o crime organizado, e o secretário respondeu: “O crime organizado não é de periferia, não tem o seu comando nas favelas, não tem o seu comando nos presídios. Ele tem comando nos segmentos de elite, nos segmentos top da sociedade. Os líderes do crime organizado não moram na favela, quem mora nas favelas são os chefes dos pontos de venda. Com isso, não quero dizer que eles não sejam perigosos, nem que não devam ser combatidos. Eles têm de ser legítima e legalmente reprimidos pela polícia, pelo Estado...” disse o secretário, segundo o Jornal O Dia.
E por que não foi discutida a matéria? Simples, ela vai contra a elite, e se ela domina, não irá permitir “manchas” em seu meio. Há aí uma questão própria da dominância. Aquele que detém o poder econômico não permite, e isso a qualquer preço, que os dominados se quer discutam sobre atos e atitudes de seus dominadores. O poder econômico está atrelado ao poder político e ao controle das massas. É um circulo vicioso que precisa ser quebrado. O poder econômico extrai o que pode das massas e para manter o controle sobre ela gera e a coloca numa situação de terror e violência. Ou seja, o poder é mantido sob o signo do medo.
É claro que nem todos somos violentos ou agimos com violência, assim como é claro que nem todos que ocupam a elite chegaram lá ligados ao crime organizado. Porém, só de nos calarmos diante da situação estamos dando uma grande colaboração para que a violência continue dominando o nosso cotidiano, e que a maldade humana continue a nos surpreender a causar temor. Pense bem sobre isso e sobre a frase do professor Moran citada no início desta postagem.
(Ouça este trecho e um pouco mais sobre o assunto no programa 75 do nosso podcast.)
O que sentimos há tempo nos supermercados brasileiros, esta virando tormento mundial: o aumento generalizado no preço dos alimentos.
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(A matéria é de Maria Luiza Zenker, da Radioagência Nacional. )
E, a crise mundial causada pelo aumento dos preços dos alimentos deve se estender por cinco a dez anos. A afirmação foi feita pelo ministro de Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, ao repórter Danilo Macedo, da Agência Brasil, que atribuiu à agricultura familiar o fato de os preços terem crescido bem menos no Brasil que no mercado internacional.“É muito importante perceber que, enquanto no mundo todo a cesta de alimentos aumentou em torno de 83%, aqui no Brasil ela aumentou 25%. Ou seja, o Brasil está mais protegido nessa crise porque vem apostando muito em quem produz alimentos, como os agricultores familiares, os assentados da reforma agrária”, disse Cassel, após participar de plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em Brasília.O ministro explicou que o Brasil tem o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf ), assistência técnica, programa de aquisição de alimentos, seguro agrícola e uma produção muito diversificada de alimentos a partir da agricultura familiar, que são os diferenciais. Por isso, ele defende mais reforma agrária .“A crise atual mostra como foi correta a escolha do governo de apostar no fortalecimento da agricultura familiar dos assentamentos de reforma agrária. Se não fosse isso, hoje nós teríamos preços muito acima dos de mercado. Então, acho que a resposta que o Brasil deve dar para essa crise de alimentos é mais reforma agrária e mais agricultura familiar.”O presidente do Consea, Renato Maluf, concorda que o Brasil tem mecanismos de proteção, como programas de agricultura familiar e segurança alimentar, que diminuíram os impactos da crise, mas considera que o país não está totalmente preparado para enfrentar o que vem pela frente. “Por isso, nossa principal reivindicação é a implementação de uma política nacional de abastecimento, a partir da qual o Estado recupere alguns instrumentos de intervenção que perdeu.” Ele ressatou, entretanto, que as manifestações populares ao redor do planeta são a prova de que a alta dos alimentos atingiu as populações mais pobres. Para evitar um impacto maior por aqui, Maluf destacou que o Estado precisa recuperar a capacidade de regular o mercado de alimentos, principalmente, com mais estoques.
A fome sempre foi uma das preocupações mundiais. Em 1985, um grupo de artistas reuniu-se no movimento que ficou conhecido por USA For Africa. Foi uma época em que a África passou por uma grave crise na produção de alimentos e a fome se espalhou entre a população daquele continente. Quarenta e cinco artistas liderados por Harry Belafonte, Kenny Rogers, Michael Jackson e Lionel Richie, gravaram a música "We Are The World", que estourou nas paradas de sucesso de todo o mundo e sua renda, cerca de 50 milhões dólares, foi destinada para a população pobre da África, especialmente para o combate a fome e a doenças.
Violência doméstica lidera ranking de agressões contra crianças e adolescentes
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(Matéria de Morilo Carvalho - Repórter da Agência Brasil)
Conferência nacional discutiu políticas para a juventude
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Os temas debatidos nos quatro dias de conferência foram: “Juventude: Democracia, Participação e Desenvolvimento Nacional”; “Parâmetros e Diretrizes da Política Nacional de Juventude”; e “Desafios e Prioridades para as Políticas Públicas de Juventude”.
Clique nos links abaixo para conhecer as decisões da Conferência.
Para saber das 22 prioridades:
http://www.juventude.gov.br/e-fato/PRIORIDADES22.doc
Para saber das resoluções:
http://www.juventude.gov.br/e-fato/veja-as-resolucoes-da-1a-conferencia-nacional
Convenção Ibero-americana é apresentada na Conferência
No início da plenária final da 1a Conferência Nacional de Juventude, no dia 29 de abril, foi apresentada aos participantes a Convenção Ibero-Americana dos Direitos dos Jovens. A Convenção é um documento com força de tratado internacional que versa sobre os direitos dos cidadãos jovens dos países da América Latina, mais Portugal, Espanha e Andorra.
É o priemiro texto dessa natureza, no mundo, a tratar especificamente sobre juventude. O Brasil ajudou a escrevê-la, mas ela precisa ser aprovada no Congresso para ter força de Lei no país.
Para o secretário nacional de juventude, Beto Cury, a decisão de ratificar a convenção "é mais do que um gesto simbólico, é uma convicção de que precisamos assegurar estes direitos para garantir que a juventude tenha oportunidades para construir um Brasil de todos".
No entanto, para passar a valer a ratificação precisa ser aprovada no Congresso Nacional. Por isso, completou Cury, é fundamental que governo e sociedade civil se empenhem em pressionar os parlamentares para garantir a aprovação do texto.
Na opinião de Eliseu Chaves, do Fundo de Populações da ONU (UNFPA), o fato da juventude ser um segmento muito atingido pela pobreza e pelo desemprego coloca os direitos desta faixa da população como uma tarefa fundamental na agenda da busca pelo desenvolvimento das nações.
O secretário-geral da Organização Ibero-americana de saúde, Eugênio Ravinet, afirmou que a Convenção é um insturmento para melhorar a vida dos jovens.
As matérias sobre a Primeira Conferência Nacionald a Juventude são do site http://www.juventude.gov.br/
Carta de movimentos sociais entregue no STF pede o fim das cotas raciais
Brasília - Representantes de movimentos sociais, artistas, sindicalistas, empresários e intelectuais assinam a carta Cento e Treze Cidadãos Anti-Racistas Contra as Leis Raciais, entregue hoje (30) ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. A carta pede que as Ações Diretas de Inconstitucionalidade 3.300 e 3.197, contra as cotas raciais adotadas no Programa Universidade para Todos (ProUni) e no vestibular das universidades estaduais do Rio de Janeiro, respectivamente, sejam deferidas pelo Supremo.“O principal argumento, que está expresso nessa carta que estamos entregando ao presidente do STF, é exatamente a crença de que raça não existe e que portanto esse é um critério que não deve estar presente na formulação de políticas públicas, porque vai dividir o Brasil artificialmente entre brancos e negros”, afirma Yvonne Maggie, professora titular de Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).A professora explica que o grupo propõe ações afirmativas junto às comunidades mais pobres, em lugar das políticas baseadas em cor. “A nossa proposta, que está escrita nessa carta, é que se faça ações afirmativas, por exemplo, em bairros pobres, financiando escolas públicas de melhor qualidade justamente onde moram essas pessoas”, diz.Leão Alves, presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro destaca que na Amazônia já são observados conflitos entre mestiços e caboclos contra negros. De acordo com ele, na região, a maior parte dos caboclos ou pardos não são de origem africana, mas têm sido levados a se classificar como negros.“Esse sistema de cotas raciais está obrigando, na Amazônia, os caboclos a se identificarem como negros, ou seja, é uma forma de etnocídio, estão matando a identidade do mestiço da Amazônia, o principal tipo de mestiço, que é o caboclo”, afirma.De acordo com dados trazidos na carta, estudos de marcadores de DNA permitem concluir que, em 2000, entre os 76,4 milhões de brasileiros que se declaravam pardos ou pretos 20% não eram descendentes de africanos. Francisco Johny Silva, coordenador do Fórum Afro da Amazônia (Forafro), defende que, em lugar de adotar medidas afirmativas no ensino superior, o governo invista em educação básica e de nível médio. “Nós sabemos que a maioria dos negros não termina o ensino médio sequer”, diz.Ele também afirma que a questão da política de cotas se tornou uma questão política. “Ainda tem movimentos negros acorrentados a partidos políticos.” Segundo ele, os movimentos ligados a partidos são os que apóiam as cotas raciais e não respeitam os movimentos, como o Forafro, que são contra esse tipo de política.
(Mantéria de Ana Luiza Zenker - da Agência Brasil)
Deixei esta matéria para encerrar esta postagem por conta da postagem anterior, e que vem logo abaixo, na qual tratamos do preconceito.
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