quinta-feira, janeiro 31, 2008

A paz é igual a uma grande roda humana, enquanto todos estiverem de mãos dadas, as armas estarão no chão.
Tiago Bicalho

60 anos do assassinato de Mahatma Gandhi.

Foi em 30 de janeiro de 1948 que um hindu radical reverenciou Gandhi, que estava no jardim de sua residência, em Nova Delhi. A forma aparentemente respeitosa foi pretexto para que ele sacasse um revólver e com 3 tiros acabasse a vida do líder indiano que sempre pregou a não-violência, mas que, ironicamente, foi vítima da violência.
O professor francês Jean-Marrie Muller, escreveu sobre Mahatma Gandhi no texto “Gandhi Pertence ao Nosso Futuro”:
“Gandhi ressaltava que a não-violência era tão velha quanto as montanhas. De fato, ele não “inventou” a não-violência. Essa se radica nas mais antigas tradições religiosas, espirituais, filosóficas e sapienciais que constituem o patrimônio universal da humanidade. Gandhi reivindicou explicitamente a herança dos grandes sábios que o precederam na busca da verdade. No entanto, seu aporte é essencial na compreensão da não-violência. Existe um antes e um pós-Gandhi na reflexão filosófica do princípio da não-violência que fundamenta a humanidade do homem, e na experimentação política dos métodos de ação não-violenta que permitem a resolução pacífica dos conflitos.”
E segue Jean-Marrie: “Para Gandhi, a não-violência não é apenas nem em primeira instância um método de ação, é uma atitude, isto é, um olhar, um olhar de bondade para com o outro homem, sobretudo em relação ao homem diferente, o desconhecido, o estrangeiro, o intruso, o inoportuno, o inimigo, um olhar também de compaixão para com o homem oprimido, aquele que sofre a injustiça, a humilhação, o ultraje. A não-violência é, segundo Gandhi, o próprio princípio da busca pela verdade. A história está aí para comprovar, hoje como ontem, que a verdade se torna um vetor de violência quando não ancorada na exigência de não-violência. Se a verdade não afirma a absoluta desumanidade da violência, então sempre haverá um momento em que a violência surgirá naturalmente como um meio legítimo para defender a verdade. Somente o reconhecimento da exigência de não-violência permite recusar de uma vez por todas a ilusão, veiculada por todas as ideologias, de recorrer à violência na defesa da verdade. ... Ele não aconselha escolher a violência para não ser covarde. Ele nos aconselha a escolher a não-violência para não sermos violentos nem covardes. ... “A violência”, afirmava Gandhi, “é um suicídio” Neste início de século XXI, não seria oportuno tomar consciência de que a violência é decididamente incapaz de trazer uma solução humana aos inevitáveis conflitos que constituem a trama de nossa existência e de nossa história, de compreender que a violência nunca é a solução, mas sempre o problema? As imagens de ferro, de fogo, de sangue e de morte que constituem a matéria-prima da atualidade nos trazem diariamente a prova de que a violência é incapaz de construir a história e consegue tão-somente destruí-la. Diante da tragédia da violência, ante sua desumanidade, frente a seu absurdo e ineficácia, não seria chegado o momento de, por realismo ou então por sabedoria, tomar consciência da evidência da não-violência?(*) Filósofo e escritor francês, Jean-Marie Muller é porta-voz nacional do Movimento para uma Alternativa Não-violenta (MAN), França. Tradução: Inês Polegato Jan/08
Fonte: Palas Athenas

Massacre da Motosserra. Mesmo diante do aquecimento global segue a devastação da Amazônia.

Marcelândia (MT), São Félix do Xingu (PA), Querência (MT), Nova Ubiratã (MT), Porto Velho (RO), Pimenta Bueno (RO), Juara (MT), São Félix do Araguaia (MT), Peixoto de Azevedo (MT), Nova Bandeirantes (MT), Santana do Araguaia (PA), Ulianópolis (PA), Lábrea (AM), Altamira (PA), Camaru do Norte (PA), Brasnorte (MT), Gaúcha do Norte (MT), Paranaíta (MT), Novo Progresso (PA), Vila Rica (MT),
Nova Maringá (MT), Porto dos Gaúchos (MT), Alta Floresta (MT), Confresa (MT), Nova Mármore (RO), Juína (MT), Cotriguaçu (MT), Dom Eliseu (PA), Colniza (MT), Santa Maria das Barreiras (PA), Aripuanã (MT), Machadinho D’Oeste (RO), Paragominas (PA), Novo Repartimento (PA), Rondon do Pará (PA) e Brasil Novo (PA):
estes são os 36 municípios que concentram o recorde de desmatamento registrado durante o segundo semestre de 2007 na Amazônia. Eles serão prioritários para ações de prevenção e controle do desmatamento, identificados a partir de monitoramento por satélite. A lista foi divulgada pelo Governo Federal no dia 24 de janeiro.
Todas as propriedades rurais destes municípios serão recadastradas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e aquelas onde for constatada derruba ilegal de florestas serão embargadas. Isto significa que não poderão vender produtos ou receber financiamentos. Quem comprar produtos dessas fazendas também poderá responder criminalmente. A divulgação da "lista suja" e o fortalecimento dos mecanismos de fiscalização são as apostas do governo pra combater o
aumento do desmatamento na Amazônia nos últimos cinco meses. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, os municípios citados são responsáveis historicamente por cerca de 50% do desmatamento total da Amazônia. “Estamos propondo uma ação integrada de governo para conseguir manter a governança na região e impedir o recrudescimento do desmatamento”, disse a ministra após reunião emergencial convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir ações de fortalecimento ao combate à derrubada da floresta. Participaram também os ministros Reinhold Stephanes, da Agricultura; Tarso Genro, da Justiça; Nelson Jobim, da Defesa; Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário; Sérgio Rezende, da Ciência e Tecnologia, e Dilma Roussef, da Casa Civil. O Ministério do Meio Ambiente destaca que esses dados são do Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), um levantamento mensal feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o ministério, esse sistema detecta apenas os desmatamentos acima de 25 hectares. Outra ressalva é que, devido à presença de nuvens nas imagens do período, nem todos os desmatamentos com área superior a essa foram identificados. Os dados consolidados, com divulgação anual, são os do sistema Prodes, que conta com resolução superior.
Dados preliminares foram divulgados no dia 23 de janeiro pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam um desmatamento na região amazônica de 3.235 quilômetros quadrados entre agosto e dezembro de 2007, o equivalente a cerca de 320 mil campos de futebol.Os órgãos não falam em crescimento percentual pela indisponibilidade de informações completas do mesmo período de anos anteriores. Mas, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o número representa uma tendência “preocupante” de aumento.“O governo não quer pagar para ver. Não vamos aguardar a sorte, e sim, trabalhar para fazer frente a esse processo”, disse a ministra.A maior parte dos desmatamentos detectados no período se concentrou em três estados: Mato Grosso (53,7% do total desmatado), Pará (17,8%) e Rondônia (16%).Entre as causas para o aumento, Marina citou a seca prolongada e uma possível influência do avanço da produção de soja e da pecuária nas regiões. Ela evitou responsabilizar diretamente as atividades econômicas, mas ao lembrar que a carne e a soja estão com preços internacionais favoráveis, afirmou: “ Não acredito em coincidência.”A ministra disse que será feita uma averiguação detalhada nos locais para um diagnóstico mais preciso: “Faremos um zoom para verificar”. As derrubadas ocorreram em maior intensidade nos meses de novembro e dezembro. Nesse período, foram desmatados 1.922 quilômetros quadrados de floresta.De acordo com o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, municípios como São Felix do Xingu e Cumaru do Norte, ambos no Pará, e Colniza, em Mato Grosso, tradicionalmente apresentam altos índices de desmatamento.
E alguns prefeitos dos municípios listados resolveram se manifestar. Adalberto Diamante, prefeito de Marcelândia, que foi apontada como a cidade que mais desmatou nos últimos cinco meses de 2007, diz que há um controle intenso da Secretaria Estadual de Meio Ambiente na região e que não houve desmatamento no ano passado. “Tivemos queimadas descontroladas no município, que estão aparecendo nas imagens de satélite como desmatamento”, afirma.
O prefeito diz que irá fazer um levantamento detalhado da situação do município, em parceria com organizações não-governamentais e institutos.
O prefeito de Querência, Fernando Goergen, que ficou em terceiro lugar na colocação, também contesta a informação do Inpe. “Devem ter confundido queimadas de pasto com desmatamentos”, afirma, lembrando que no ano passado houve um grande número de áreas queimadas na cidade. “É uma inverdade o que estão publicando”, diz o prefeito.
Segundo ele, tanto o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quanto a Secretaria Estadual do Meio Ambiente fazem uma fiscalização bastante rigorosa em relação aos desmatamentos na região. “Qualquer ocorrência de desmatamento é imediatamente denunciada”, alega. O prefeito garante que no município, que tem a economia baseada na agricultura e pecuária, “o meio ambiente e a agricultura vivem em harmonia, desde que seja obedecida a legislação ambiental”.
A prefeita de Alta Floresta (MT), Maria Izaura Alfonso, também discorda da inclusão do município na lista dos mais desmatados. “Não sabemos de derrubadas no nosso município. Estamos nos sentindo injustiçados por esta medida”, afirma. A cidade ficou em 23º lugar no ranking das que mais desmataram ano passado.
Segundo ela, a prefeitura vai fazer uma reunião com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e com o governador do Mato Grosso para definir ações conjuntas. “Vamos fazer um levantamento, ver o que aconteceu. Não podemos ser penalizados dessa maneira, de jeito nenhum”, diz a prefeita.
A grande extensão territorial do município de Altamira (PA) – 159 mil quilômetros quadrados – e a falta de pessoal para combater os desmatamentos são apontadas pelo secretário municipal de gestão do Meio Ambiente e Turismo, Francisco Modesto da Silva, como as causas para que a cidade esteja em 14º lugar na lista das mais desmatadas.
“Temos uma dificuldade muito grande de acompanhar toda a dimensão do município, principalmente na questão do desmatamento”, argumenta o secretário, lembrando que a estrutura municipal é pequena para conter as derrubadas.
Nosso comentário: A questão do desmatamento no Brasil não é diferente dos demais problemas que o país enfrenta nas áreas da saúde, educação, segurança e geração de renda, por exemplo. As medidas não são eficazes. A burocracia, a corrupção, a displicência e os discursos vazios impedem a eficácia das medidas e que no máximo conseguem ser paliativas. Enquanto as punições não forem reais, ou seja, não pesarem no bolso e restringirem a liberdade dos criminosos, neste caso, criminosos ambientais, tudo vai, no mínimo continuar com está, já a tendência é piorar. O mesmo vale com relação ao trânsito e ao trato com o dinheiro e o patrimônio públicos. O remédio é: vergonha na cara e consciência planetária.
Em tempo:

No dia 30, o mesmo governou que alardeou a amplitude do demastamento, ao que parece, tentou minimizar a situação e o presidente Lula afirmou parece que a coisa não é tão grave assim e que pode ter havido precipitação na divulgação da informação. Nosso presidente afirmou que "É como se tivesse uma coceira e achasse que é uma doença mais grave".
Segundo comentário:
"Nunca na história desse país" se viu ou ouviu coisa assim, entre tantas outras.

Bom de cama é quem usa camisinha.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou no domingo, dia 27, no Rio de Janeiro (RJ), a campanha de prevenção à aids para o carnaval 2008. O alvo principal da campanha é a população jovem, especialmente as mulheres, que tem como slogan é “Bom de cama é quem usa camisinha”. Este ano, a ação traz uma novidade: 100 mil tatuagens temporárias, com a inscrição “Tenho atitude. Uso camisinha”, que serão distribuídas no Rio de Janeiro, em Recife/Olinda e em Salvador. Nessas cidades, também serão distribuídas 100 mil bandanas, com a mesma frase.Para reforçar as ações de prevenção, o Ministério da Saúde distribuiu 19,5 milhões de preservativos para estados e municípios. As peças da campanha reforçam a estratégia da campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids de 2007, estimulando a mulher jovem a exigir o uso do preservativo em todas as suas relações sexuais. No site www.qualsuaatitude.com.br, há m jogo virtual com perguntas e respostas sobre doenças sexualmente transmissíveis e aids, conduzido por Negra Li. Pode até parecer piada ou brincadeira, mas quem erra a resposta, pode tirar as dúvidas em vídeos com o Doutor Pinto, quadro que tem como responsável o médico Valdir Pinto, do Programa Nacional de DST e Aids.As mulheres jovens foram escolhidas como público-alvo da campanha de carnaval porque a aids afeta mais o sexo feminino entre 13 e 19 anos: para cada 6 meninos com aids, há 10 meninas. Considerando todas as faixas etárias, para cada 15 homens com aids, há 10 mulheres.Além disso, de acordo com pesquisas de comportamento sexual do Ministério da Saúde, pessoas entre 15 e 24 anos têm mais parceiros eventuais do que indivíduos de outras faixas etárias. Dados do Ministério também indicam que 87% dos homens de 16 a 19 anos usam camisinha nas relações sexuais eventuais, mas só 42% das mulheres usam preservativo com nesse tipo de relação.Então não se esqueça Bom de cama é quem usa camisinha, e além do mais, a prevenção é o melhor remédio.

Estudo faz um retrato da violência no Brasil

Levantamento feito pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz possibilita a todos os municípios brasileiros conhecer um pouco mais sobre as mortes ocorridas por conta da violência, sejam por assassinatos ou no trânsito. O estudo aponta a tendência da interiorização da violência, mas ainda há municípios que podemos chamar de pacatos, onde não ocorreram homicídios nos últimos dois anos do estudo. Mas, por outro lado há outros nada pacatos, como Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, o município recordista em homicídios para cada 100 mil habitantes. O município sul-matogrossense é seguido por Colniza e Ithanguá, ambos no Mato Grosso; Serra, no Espírito Santo e Foz do Iguaçu, no Paraná.
Considerando a população total, o número de homicídios no Brasil cresceu 20% no período compreendido entre 1996 e 2006. Número acima do crescimento populacional que foi de 16,3% no mesmo espaço de tempo.
O estudo também aponta que os jovens são as maiores vítimas da violência e o crescimento dos casos de morte nesta faixa etária foi de mais de 30%.
O município de São Paulo é líder em número total de homicídios, em 2006, 2.546 pessoas foram vítimas de homicídio, no entanto, se considerado o número de assassinatos para cada 100 mil habitantes, São Paulo é uma das menos violentas. Na capital paulista ocorrem 23,7 mortes para cada 100 mil habitantes. Bem abaixo de 106,8 registrado em Foz do Iguaçu. Aliás, a cidade paranaense lidera o ranking dos 100 municípios com maior taxa média de mortes entre a população jovem.
Quanto as mortes causadas por acidentes de trânsito observa-se um crescimento no número de vítimas motociclistas e de uma maneira geral os jovens. No entanto, os pedestres são os que mais morrem no trânsito.
Além de um volume com os 556 municípios mais violentos do país, também está disponível uma tabela contendo todos os municípios brasileiros com os respectivos números de homicídios e mortes por acidente de trânsito. Para conhecer o trabalho completo acesse o site da Rede de Informação Tecnológica Latino Americana, que é
www.ritla.net

Blog Chance à Paz
Criação, redação, publicação e responsabilidade:
Silvio Luís
Assis/SP
E-mail: chanceapaz@bol.com.br
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